1º de setembro de 1988 – Tema VII – Energia: Tendências e Perspectivas

Um cenário de escassez de recursos para investimentos no setor energético pode ser um empecilho para a produção nacional, mas há alternativas que podem contribuir para uma diversificação da matriz brasileira, segundo especialistas que participaram da mesa de debates. O físico Rogério Cezar Cerqueira Leite não compareceu, mas enviou sua contribuição, que foi lida pelo pró-reitor de Pesquisa da Unicamp, Hélio Waldman. De acordo com ele, os combustíveis fósseis continuariam a dominar o setor energético no século XXI, mas a biomassa despontaria como alternativa natural aos derivados de petróleo.  O reitor da Unicamp, Paulo Renato Souza, se manifestou sobre uma política de implantação de “florestas energéticas”. O chefe do Departamento de Mercado da Eletrobras, Frederico Birchal de Magalhães Gomes, abordou a questão energética dentro do enfoque da crise econômica, em que há poucos recursos disponíveis para investimentos em hidrocarbonetos e energia hidrelétrica. O gerente de Economia e Planejamento da Coopersucar, Júlio Maria Martins Borges, defendeu o congelamento do programa de exploração de petróleo no Brasil e a importação do produto até que o preço do óleo esteja em níveis suficientemente elevados. O engenheiro eletrônico Alcir José Monticelli coordenou a mesa de debate.

Júlio Maria Martins Borges discute tendências e perspectivas em energia. Foto: Siarq/Unicamp.
Júlio Maria Martins Borges discute tendências e perspectivas em energia. Foto: Siarq/Unicamp.
Frederico Birchal Gomes discute tendências e perspectivas em energia. Foto: Siarq/Unicamp.
Frederico Birchal Gomes discute tendências e perspectivas em energia. Foto: Siarq/Unicamp.